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A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa, progressiva e fatal, que compromete tanto o Sistema Nervoso Central (SNC) quanto o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
Esclerose Lateral Amiotrófica significa fraqueza muscular secundária a comprometimento dos neurônios motores.
Dois tipos de neurônios motores são afetados na ELA: neurônios motores superiores (NMS), os quais estão localizados na área motora do cérebro e, neurônios motores inferiores (NMI) que estão localizados no tronco cerebral e na porção anterior da medula.
Incidência:
- A Esclerose Lateral Amiotrófica é a forma mais comum de doença do neurônio motor;
- Mais comum em homens;
- Idade média do início dos primeiros sintomas é de 57 anos;
- 2 a 3 casos por 100.000 habitantes;
- Sobrevida de 4 a 5 anos em 50% dos casos;
Causa:
Acredita-se que a causa seja multifatorial, incluindo componentes genéticos e ambientais. O mecanismo da morte dos neurônios permanece incerta.
Características:
- A principal queixa inicial é a fraqueza muscular;
- Atrofia (falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro);
- Fasciculações – especialmente na língua (contração muscular pequena, local, momentânea e involuntária que pode ser visível sob a pele);
- Hipotonia;
- Cãibras musculares;
- Disfagia (dificuldade de deglutir);
- Disartria (distúrbios da articulação da fala);
- 90% dos pacientes relatam fraqueza em músculos isolados ou em grupos específicos;
- Afeta membros superiores (mãos, braços…), progredindo para membros inferiores (pernas…), tronco e musculatura respiratória;
- Hiperreflexia (aumento dos reflexos);
- Espasticidade;
- Presença de sinal de Babinski (reflexo plantar patológico);
O que acontece com quem tem Esclerose Lateral Amiotrófica?
Na maioria dos casos, ocorre incapacidade para realização das atividades de vida diária (AVD’S), progredindo continuamente até levar a morte, geralmente por insuficiência respiratória.
O tempo de sobrevida após o diagnóstico clínico pode alterar-se na medida que surgm novos medicamentos e além disso muitos pacientes tem optado por prolongar a vida com a utilização de ventilação mecânica.
Diagnóstico:
- Deve ser feito o mais rápido possível;
- Essencial: História e exame físico; Exame eletroneuromiográfico; Neuroimagem; Exames laboratoriais;
- Os exames devem ser repetidos se a suspeita não se confirmar;
Tratamento:
Não há cura para ELA. Alguns tratamentos auxiliam no aumento da sobrevida e retardando a evolução da doença.
Fisioterapia na Esclerose Lateral Amiotrófica:
A fisioterapia motora e respiratória é de extrema importância no tratamento da ELA.
Devemos tomar cuidado com exercícios prolongados ou excessivos, pois podem levar a fadiga ou até acelerar a degeneração do motoneurônio.
Orientações quanto a órteses e adaptadores serão necessários durante a evolução da doença.
Exercícios respiratórios são fundamentais, pois a insuficiência respiratória é causa primária da morte em pacientes com ELA.
As metas de tratamento devem relacionar-se à manutenção da independência nas atividades de vida diária pelo maior tempo possível.
Considerações finais:
Fique Atento:
Prevenção da atrofia por falta de exercício;
Prevenção da lesão por excesso de exercício;
Saiba mais detalhes sobre esta doença em: http://www.abrela.org.br/default.php?p=texto.php&c=ela
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