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A matéria agora é exclusivamente direcionada para mulheres que tem dúvidas sobre sexo ou curiosidades em relação ao tema!
Hoje vou falar sobre um assunto que, por mais que vivamos no ano de 2016, ainda é considerado um tabu.
E pode acreditar, é mais tabu falar disso para as meninas entre 20 e 30 anos, que se dizem modernas, do que para as mais velhas.
Portanto, tratarei nesse artigo de:
- Sexo;
- orgasmo;
- prazer;
- dor;
- medo;
- ansiedade;
- duvidas.
Vamos começar por etapas! Em primeiro lugar devemos diferenciar os termos “relação sexual” de “ato sexual”.
O Ato Sexual é a ação de copular propriamente dita, enquanto a Relação Sexual é toda a interação que um casal (ou mais pessoas) têm antes, durante ou depois do ato sexual.
As principais dúvidas sobre sexo das mulheres
Virgindade
Uma das dúvidas sobre sexo mais frequentes, que aparecem em formato de perguntas em todos os sites e blogs, é se precisa doer e/ou sangrar para perder a virgindade.
A resposta é NÃO! Felizmente as pessoas são e reagem de formas diferentes.
Geralmente a dor vem associada a falta de controle da musculatura vaginal, pois a primeira vez vêm associada de ansiedade, dúvidas e medo.
Isso faz com que comumente as mulheres não relaxem adequadamente a musculatura, machucando alguns vasos sanguíneos (o que causa sangramento) e causando dor.
Tem uma idade certa para que isso aconteça? A resposta também é NÃO! Por mais que a ciência dê um período específico da vida para as mulheres amadurecerem sexualmente, ovularem, menstruarem e crescerem, cada uma tem seu tempo “emocional” para isso.
Não interessa com quem seja, quando seja, com homem, mulher, mais de uma pessoa, o que interessa é que a pessoa esteja a vontade e dê o consentimento para isso.
Prazer
Esta parte é complicada, pois para a mulher não é só o ato sexual que interessa! Sabe tentar descer em um tobogã sem água dentro?
No sexo é a mesma coisa, se o canal vaginal não estiver bem lubrificado, dificultará a penetração, causando atrito, desconforto e muitas vezes dor.
Aí que entram as preliminares. Através delas é que você vai conseguir fazer com que as glândulas vaginais produzam lubrificação para preparar a região pélvica para o sexo.
Orgasmo
Outras das dúvidas sobre sexo mais comuns são as relacionadas ao orgasmo.
O orgasmo é formado por contrações ritmadas e involuntárias que podem durar segundos a minutos variando de pessoa para pessoa.
Porém para que ele aconteça, uma série de fatores estarão envolvidos.
Em primeiro lugar, a musculatura vaginal deve estar com saúde, pois se houver alguma inflamação, infecção, contraturas e aderências, o ato sexual provavelmente será dolorido, dificultando o orgasmo.
Se a musculatura estiver flácida, o prazer será menor (lembrando que não é uma regra, pois cada organismo reage de uma forma).
Em segundo lugar, você deve estar a vontade com o sexo, pois se não está sentindo prazer durante toda a relação, provavelmente não atingirá o orgasmo!
Em terceiro lugar, o seu ritmo deve seguir o do seu parceiro (a).
As pesquisas explicam, que de acordo com a fisiologia, o corpo da mulher demora pelo menos 10 minutos a mais do que o homem para atingir o orgasmo, então aí já temos uma desvantagem.
Agora, se você se relaciona com mulheres, talvez será mais fácil lidar com isto, pois o ritmo do organismo é parecido!
Anorgasmia (falta de orgasmo)
A anorgasmia é quando o orgasmo não acontece nunca, seja o motivo emocional ou físico.
Já ouvi mulheres se sentindo culpadas ou sendo culpadas pelos seus parceiros (agora falo dos homens mesmo) por não teres orgasmo ao final da relação e até ja procuraram tratamentos para este “problema”.
Agora, vocês já pararam pra pensar que de repente não é a mulher que está com problema e sim o homem?
Um exemplo bem simples: se você tiver iniciado o ato sexual, e seu parceiro em 5 minutos está gozando, provavelmente não dará tempo de atingir o orgasmo, o que significa que não é você que tem anorgasmia, e sim seu parceiro que tem ejaculação precoce!
Outro fato importante que devemos levar em consideração, é que nem sempre a relação precisa ter orgasmo para ser satisfatória. O orgasmo é o platô fisiológico ao final do ato sexual prazeroso, mas as vezes a satisfação sexual pode ter sido melhor em um ato sexual em que nem teve orgasmo e até mesmo inexistiu a penetração!
Dor durante as relações
Outra das dúvidas sobre sexo mais comuns são sobre as dores nas relações. Elas podem acontecer por diversos motivos.
Inflamação
Em qualquer parte do corpo, se houver uma inflamação, haverá calor, dor, vermelhidão e edema (inchaço) na área.
Se você cair no chão e ralar o seu joelho, vai querer passar uma pomada, colocar um pouco de gelo e deixar o local quieto, porque até a calça em cima incomoda.
Ali no canal vaginal não é diferente, se você estiver com qualquer inflamação, a penetração vai ficar raspando, aí vai doer mesmo.
As vezes esta dor permanece mesmo depois de tratado o problema, ou porque a musculatura local ficou sensível, ou porque você acabou criando uma barreira em si mesma por medo de sentir dor.
Cirurgia
É a mesma coisa que a inflamação. O local está sensível, então precisa voltar ao funcionamento normal para parar de doer.
Vulvodínea
Dor em forma de ardência, agulhada, queimação, na vulva, virilha, pequenos e grandes lábios e canal vaginal.
Pode ocorrer antes, durante ou após o ato sexual.
Não aparecem características fisicas como vermelhidão, hematomas ou feridas, por mais que a sensação seja de inflamação.
Ela é classificada como generalizada ou localizada, provocada ou não.
Mulheres com este ocorrido tem mais incidência de cistite intersticial, cefaleia, fibromialgia, síndrome do intestino irritável e depressão.
Estima-se que nos EUA atinja cerca de 200.00 mulheres geralmente ma pré-menopausa e sexualmente ativas.
A falta de informações em relação a este assunto ainda é grande, principalmente por ser um transtorno de difícil diagnóstico e pelo fato de nem todas as mulheres procurarem tratamento por vergonha.
Vaginismo

são espasmos (contrações involuntárias) dos músculos pélvicos impedindo a penetração, seja ele de um objeto ou pênis.
Geralmente está interligado a causas emocionais relacionadas ao sexo como:
- o fato de a mulher ter sofrido algum tipo de abuso sexual;
- ter uma criação rígida dos pais em relação ao sexo;
- medo de engravidar;
- outro trauma psicológico que tenha gerado dor e lembranças ruins.
Essa junção de sentimentos fica na memória cerebral, fazendo com que toda a vez que ela tente penetração, o comando automático seja de contração da musculatura pélvica. A intenção, nesse caso, é evitar penetração e por consequência a dor.
Conclusão
Não fique com dúvidas, se você acha que pode ter algum problema real, consulte um médico.
Lembre-se também que em todas essas causas de dor, a fisioterapia pélvica pode entrar em ação!
Existem técnicas capazes de aliviar a dor, diminuir a tensão muscular, aumentar o prazer. Você pode aprender a controlar a própria vagina e assim sentir-se segura!
Você se identificou com algum dos tópicos falados hoje? Caso hajam mais dúvidas sobre sexo ou queira saber como solucionar seu problema entre em contato, ficarei feliz em ajudar!
Leia o depoimento de paciente que fizeram tratamento fisioterápico clicando aqui.
Fiquem atentos aos próximos posts, falaremos de cada patologia causadora de dor de forma mais especificada!
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Interessante.
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Eu estou de um jeito que não sei se estou grávida, no período fértil ou se a menstruação tá querendo vir. A última vez que transei faz 6 meses e menstruei já depois dessa transa (transei sem camisinha, mas ele disse que não gozou dentro), eu já fiz uns 4 testes de farmácia nos últimos 3 meses e deram todos negativos, mas de ontem pra cá eu me senti estranha, eu tive um corrimento espesso e cor clara de ovo, sinto dores nos bicos dos meus seios, eles um pouco quente internamente, e senti uma dor de cólica. Eu tenho a síndrome de policisto, só menstruo se eu tomar anticoncepcional, e tem 2 meses que não tomei, ou seja, 2 meses sem menstruar. E não sei se existe a possibilidade de o esperma fecundar depois de 6 meses, vai que ele ficou em algum lugar e só agora fecundou (não entendo desses assuntos). Mas ok, me ajudem l, por favor. Tô quase ficando louca.
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O óvulo não pode ser fecundado após 6 meses de coito! O ideal é que você marque consulta com a ginecologista que a acompanha e realize os exames periódicos, para ter certeza do que está acontecendo com o seu organismo e seu ciclo menstrual!
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OLá. Sempre acompanho seus artigos. Muito me enriquecem em aprender cada vez mais. Seu conteúdo
é TOP. Obrigado !