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O Mal de Alzheimer (DA) é uma demência relacionada com a idade, neurodegenerativa e progressiva, comprometendo ao longo de sua evolução a autonomia dos pacientes.
O que acontece com o cérebro durante o Mal de Alzheimer ?
- Diminuição geral do tecido cerebral;
- Afeta inicialmente a formação hipocampal e o centro de memória de curto prazo;
- Comprometimento de áreas corticais associativas, ocorrendo perturbação de múltiplas funções cognitivas e motoras;
- Ocorrem mudanças na estrutura do cérebro: presença de placas senis; presença de emaranhados neurofibrilares; perda celular e atrofia do córtex cerebral.
Quem é atingido pelo Mal de Alzheimer?
- A doença de Alzheimer é responsável por cerca de 50 a 70% dos casos de demência;
- Estima-se que 15 milhões de pessoas da população mundial são portadores da doença;
- Dados atuais indicam que um em cada dez pessoas maiores de 80 anos deverá ser portadora da DA;
- É o tipo de demência com maior chance em idade mais avançadas;
Causas do Mal de Alzheimer:
Não existe nada esclarecido, mas acredita-se em:
- Idade elevada;
- Sexo feminino;
- Baixo nível de escolaridade;
Diagnóstico para Mal de Alzheimer:
É necessário uma investigação adequada, com uma boa anamnese e um bom exame físico.
Tomografia computadorizada.
Além destes procedimentos é fundamental no exame neurológico a aplicação de testes como: Mini Exame de Estado Mental (MEEM); Clinical Dementia Rating (CDR); Montreal Cognitive Assessment (MOCA);
Sintomas do Mal de Alzheimer:
- Alterações cognitivas;
- Déficits na memória;
- Afasia ( perda na linguagem);
- Déficits na marcha;
- Bradicinesia (lentidão dos movimentos);
- Hipertonia;
- Apraxia (perda de movimento);
- Hipotrofia;
- Agnosia (perda de conhecimento);
- Diminuição da força muscular, principalmente em membros inferiores;
- Dificuldade para desenvolver as atividades de vida diária;
- Somando a estes fatores, ocorre incontinência urinária e fecal;
Estágios:
Atualmente o Mal de Alzheimer pode ser avaliado em estágios, sendo eles:
- Primeiro estágio: conhecido como a procura do diagnóstico, com duração média de dois a quatro anos. Há confusão sobre lugares, perdendo-se do caminho do trabalho, perda de espontaneidade e iniciativa. Mudança de humor e de personalidade. Incapacidade de julgar situações cometendo erros nas decisões, trabalhos de rotina são realizados mais lentamente, já existindo mínima desorientação temporal, dificuldade de lembrar eventos recentes.
- Segundo estágio: Tem duração de aproximadamente dois a dez anos após o diagnóstico. Ocorre crescente perda de memória e confusão com tempo de atenção mais reduzido. Dificuldade em reconhecer familiares e amigos, movimentos e fala repetida, agitação, choro, dificuldade em organizar raciocínio lógico, dificuldade com leitura, escrita e números, age a algumas situações impulsivamente. Dorme com frequência, dificuldades em sentar e deitar, progressivo déficit de linguagem com parafasias, anomias, apraxia construtiva, apraxia do vestir, agnosia, delírios, alucinações, bradicinesia e redução do interesse pela higiene.
- Terceiro estágio: Compreende um período entre um a três anos. O paciente não se reconhece pelo espelho, perda de peso mesmo com boa dieta, pouca capacidade de cuidar de si mesmo, não consegue se comunicar com palavras, dificuldade em segurar objetos e engolir, a pele fica mais sensível e sujeita a rachaduras e infecções, perda completa das habilidades cognitivas, usa mamadeira, resmunga fácil, geme, grita e produz sons com a boca, apresenta rigidez, com bradicinesia, comportamentos agressivos, alucinações e dupla incontinência esfincteriana.
- Quarto estágio: Compreende a fase severa que apresenta função deficitária, iniciando-se com problemas de locomoção por movimentos estereotipados e dificuldade de lidar com atividades básicas de vida diária. Caminha com duplo apoio, a comunicação se faz através de gestos elementares e o vocabulário é restrito e primitivo, não apresenta função visual nos campos laterais, apenas visão central e de perto.
- Quinto estágio: Fase terminal, com raras comunicações feitas através de gestos primitivos e automáticos. O paciente não caminha e está acamado em postura flexora universal (postura de bebê recém nascido). Aparecem sinais clínicos de infecção, persistência de escaras, por fim, o óbito.
Tratamento Fisioterapêutico para pessoas portadoras de Mal de Alzheimer:
O tratamento como em todos os casos, será baseado em uma avaliação de acordo com os sinais e sintomas.
A fisioterapia terá grande importância para retardar a progressão das perdas motoras, evitar deformidades, contraturas, encurtamentos, incentivar a independência, estimular a memória, manter a força muscular, manter o equilíbrio e controle postural.
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