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A Doença de Parkinson é uma doença do Sistema Nervoso Central, crônica e degenerativa. Ocorre degeneração de neurônios da substância negra, causando diminuição de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor produzido pela substância negra que atua no controle do movimento, memória e sensação de prazer. Quando a maioria dos neurônios da substância negra forem perdidos, torna-se evidente a doença de Parkinson.
Quem pode ter Doença de Parkinson?
- Mais comum em homens;
- Afeta principalmente pessoas acima de 50 anos;
- Podem-se encontrar pacientes com início da doença antes dos 40 anos;
Qual a Causa da Doença de Parkinson?
- Etiologia incerta;
- Frequentemente de causa idiopática;
- Parece estar ligada a distúrbios genéticos e fatores ambientais;
- Pode ocorrer após AVC; infecção viral; induzida por drogas neurolípticas (antipsicótico);
Diagnóstico da Doença de Parkinson:
A maioria das pessoas com a doença percebem que estão caminhando mais vagarosamente e com passos menores.
O diagnóstico é basicamente clínico, feito por neurologista; baseado na história médica e exame físico. Também utilizam-se escalas que permitem monitorar a progressão da doença e a eficácia de tratamentos e medicação.
Sintomas da Doença de Parkinson:
- Caracterizada inicialmente por distúrbios motores;
- Tríade clássica de Sintomas:
- 1- Lentidão dos movimentos (Bradicinesia);
- 2- Rigidez muscular;
- 3- Tremor em Repouso assimétrico (geralmente inicia nas mãos);
- Dificuldade de iniciar o movimento (Acinesia);
- Instabilidade Postural;
- Distúrbio no caminhar;
- Hipertonia;
- Déficit de equilíbrio;
- Face em máscara;
- Alteração da voz;
- Dificuldade de deglutir (Disfagia);
- Disfunção olfatória;
- Câimbras;
- Dores;
- Distúrbio do Sono;
- Disfunção sexual;
- Incontinência Urinária;
- Depressão;
- Em fases mais tardias ocorre quadro demencial;
Tratamento de Parkinson:
A Levodopa é o medicamento mais tolerado e mais utilizado. Pode-se usar a levodopa isoladamente ou associada. Mesmo sendo o medicamento mais eficaz, a levodopa apresenta efeitos colaterais precoces ou tardios na grande maioria dos pacientes.
Efeitos indesejados : flutuações (movimentos involuntários da face e membros); efeito On (máximo efeito da droga)/OFF (mínimo efeito da droga); náusea; hipotensão postural.
A abordagem cirúrgica é usada somente quando o paciente não é responsivo as medidas farmacológicas. Associado ao tratamento médico deve-se orientar os pacientes para cuidados de fonoaudiólogos, de nutrição e fisioterapia.
Fisioterapia na Doença de Parkinson:
A fisioterapia tem como objetivo ajudar o paciente a manter independência para realizar suas atividades de vida diária e melhorar sua qualidade de vida, evitando principalmente as quedas que são muito frequentes e que acabam causando fraturas.
É necessária uma boa avaliação e a reabilitação deve compreender exercícios motores; treino de marcha; equilíbrio; exercícios respiratórios; estímulos visuais; auditivos e somato-sensitivos são de extrema importância e perceptíveis em treinos de marcha (caminhar).
A estimulação auditiva rítmica, por exemplo, faz uso de ritmos externos da música, para ajudar os pacientes a melhorar a marcha, o controle motor, a linguagem, a cognição e a qualidade de vida.
Assista aos vídeos abaixo os quais utilizam a estimulação visual e auditiva em pacientes com Parkinson
Conhece alguém que já passou ou tem algum familiar que passa pela doença? Deixe seu relato nos comentários!