Síndrome de Guillain-Barré: Causas, Sintomas e Tratamento por meio da Fisioterapia

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A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda e geralmente ocorre após uma doença infecciosa ou algum procedimento cirúrgico. De origem autoimune, é a forma mais comum de doenças que afetam as raízes nervosas e os nervos periféricos, com sintomas motores e sensitivos.

Quem pode ter Síndrome de Guillain-Barré?

• Em 20% dos casos, ocorre em crianças com menos de 10 anos, podendo também afetar indivíduos de 40 a 70 anos;
• A faixa etária de maior incidência está entre os adultos jovens (20 a 30 anos);
• Aproximadamente 1 a 4 casos por 100.000 habitantes;
• Prevalência maior em homens do que em mulheres;

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O que acontece na Síndrome de Guillain-Barré?

Na Síndrome de Guillain-Barré as raízes e os nervos espinhais (porção que passa para fora das vértebras) são infiltrados por macrófagos e linfócitos T (células do sistema imunológico).

Os macrófagos atacam e comprometem a bainha de mielina (capa que recobre os nervos periféricos). Em casos mais leves da SGB, os axônios permanecem intactos e os nervos sofrem remielinização; porém em alguns casos os axônios também degeneram. O resultado é o bloquei da passagem de estímulos nos nervos.

Diagnóstico da Síndrome de Guillain-Barré:

Firmado principalmente nas características clínicas.

As características que permitem o diagnóstico incluem critérios laboratoriais e eletrofisiológicos, além do clínico.

Na grande maioria dos casos verifica-se antes dos sintomas neurológicos, presença de mal estar, febre, sintomas respiratórios ou gastrointestinais.

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Características da Síndrome de Guillain-Barré:

• Fraqueza motora;
• Simetria relativa do comprometimento motor;
• Progressão habitual da fraqueza, de distal para proximal;
• Arreflexia (ausência de reflexos);
• Sinais e sintomas sensoriais discretos, particularmente parestesia e hiperestesia (situação anormal e desagradável sobre a pele);
• Disfunção autonômica como taquicardia e arritmias, sintomas vasomotores;
• Ausência de febre no início dos sintomas, comum histórico de quadro semelhante à gripe;
• Alta concentração de proteínas no líquor na 1ª semana do surgimento dos sintomas;
• Exame eletrodiagnóstico, velocidade de condução nervosa em geral alterada;
• A descrição mais comum de dor,é desconforto muscular tipicamente associado a exercício vigoroso ou excessivo;
• A dor é especialmente mais perturbadora durante a noite;

Prognóstico para pacientes com Síndrome de Guillain-Barré:

Embora alguns pacientes apresentam curso fulminante de progressão, com paralisia completa 1 ou 2 dias após a instalação; 80% dos pacientes alcançam a pior condição da doença na 3ª semana.

A recuperação em geral se inicia 2 a 4 semanas após a interrupção da progressão.

Quase 80% dos pacientes restabelecem os padrões de marcha (caminhar), 6 meses após o início dos sintomas.

Fatores associados a um prognóstico reservado são: a gravidade da fraqueza muscular, necessidade de suporte ventilatório, comprometimento dos movimentos dos olhos e da deglutição.

Fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré:

Além de uma boa avaliação, as metas do tratamento incluem:

• Minimizar os problemas respiratórios;
• Minimizar a dor;
• Prevenir contraturas e úlceras de decúbito;
• Manter e melhorar a amplitude de movimento (ADM);
• Melhorar força muscular (desenvolver um programa de exercícios, evitando a fadiga, com períodos frequentes de repouso);
• Indicar uso de órteses quando necessário;

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