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A Paralisia Cerebral foi identificada em meados do século XX como um incidente que ocorre imediatamente antes, durante ou logo depois do nascimento da criança.
É consequência de uma lesão estática que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) em fase de maturação.
Causas da Paralisia Cerebral
- Desenvolvimento Congênito Anormal;
- Anóxia Cerebral (ausência de oxigênio);
- Prematuridade;
- Lesão Traumática do Cérebro;
- Eritroblastose por incompatibilidade de Rh;
- Infecções Congênitas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, herpes, HIV);
- Meningite;
Diagnóstico da Paralisia Cerebral
Atraso do DNPM;
Persistência de reflexos primitivos:
- RTL- reflexo tônico labiríntico;
- RTCA- reflexo tônico cervical assimétrico;
- RTCS- reflexo tônico cervical simétrico;

Reações Associadas (Reação Positiva de Suporte);
Reflexos Anormais;
Pode-se associar : Eletroencefalograma (EEG); Tomografia Computadorizada (TC);
Testes das funções auditivas e visual são exames adicionais, pois geralmente estão associados com a Paralisia Cerebral;
Classificação da Paralisia Cerebral
- PC Espástica:
- Este é o tipo mais comum;
- Devido a lesão do Sistema Piramidal;
- Tônus: Hipertonia;
- Hiperreflexia;
- Clônus (rações musculares involuntárias, pode ocorrer);
- Sinal de Babinski;
- Grande Fixação Proximal;
Tipos (Topografia):
- Diplegia Espástica: as extremidades inferiores são mais envolvidas do que as superiores;
- Hemiplegia: envolvimento de um dos lados do corpo e pode manifestar-se mais no braço do que na perna;
- Quadriplegia: Afeta o corpo inteiro;
2. PC Discinético:
- Extrapiramidal;
- Presença de movimentos involuntários;
1- Atetóide:
- Tônus: hipotonia de base + flutuação (passa de normal para hipotonico);
- Hipermobilidade;
- Movimentos involuntários nas extremidades;
- QI geralmente não afetado;
- Tipos: Hemiplegia e Quadriplegia;
2- Coreoatetose:
- Tônus: Varia de: Hipertonia – Normal – Hipotonia (passa pelo normal);
- Movimentos involuntários proximais;
3- Distonia:
- Tônus: Varia de: Hipertonia – Hipotonia (sem passar pelo normal);
3. PC Atáxico:
- Forma mais rara;
- Consequente a lesão do cerebelo;
- Tônus: hipotonia;
- Mobilidade espontânea muito pobre;
- Criança apática e amedrontada;
- Problemas de equilíbrio;
- Dismetria (desorientação espacial);
- Dificuldade para deambular;
- Tipos: Hemiplegia e Quadriplegia;
4. PC Hipotônico:
- Raro;
- Em geral é um sintoma transitório;
Problemas Associados a Paralisia Cerebral:
Apesar de o distúrbio motor ser a principal característica, outras manifestações estão presentes:
- Convulsões;
- Alterações visuais;
- Déficit cognitivo;
- Distúrbios da fala e da linguagem;
- Dificuldades de alimentação;
Prognóstico:
O grau de comprometimento motor e a presença de distúrbios associados são os principais índices para que se determine a possibilidade de independência de cada criança.
Possivelmente a função mais difícil de se prognosticar em pacientes com Paralisia Cerebral seja a marcha. A aquisição da deambulação depende diretamente do tipo de comprometimento motor e da gravidade do comprometimento, e indiretamente da função cognitiva, visual e cortical superior.
Nos últimos anos, o desenvolvimento de testes como o GMFCS ( Gross Motor Function Classification System) tem auxiliado na determinação mais objetiva e quantitativa do comprometimento motor individualizado.
Tratamento Fisioterapêutico na Paralisia Cerebral:

O terapeuta que trabalha com crianças com Paralisia Cerebral, monitora constantemente a qualidade da resposta motora da criança. Essas observações orientam o tratamento para chegar a um objetivo funcional.
Os princípios de tratamento variam de acordo com cada paciente e com a classificação. Buscando estimular o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM); Modular o tônus; Prevenir contraturas e deformidades; Trabalhar reações de retificação e equilíbrio; Oferecer diferentes estímulos sensoriais; Ganhar controle postural; Orientar quanto ao uso de órteses e posicionamento.
Conclusão
Entendemos o que é a paralisia cerebral e concluímos que a fisioterapia neurológica ou neurofuncional tem um papel fundamental no tratamento de portadores dessa condição.
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