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Você já ouviu falar de novembro azul? Em novembro, o Brasil inteiro fica ligado na campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, que é considerada uma das maiores causas de morte de homens acima dos 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2014/2015 foram registrados 69 mil casos no Brasil.
O Câncer de Próstata (CP) é o tumor mais comum no homem brasileiro. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU, um em cada seis homens com idade acima de 45 anos podem ter a doença. Cerca de 70% de todos os pacientes acometidos, têm mais de 65 anos, porém o diagnóstico é feito, em média, aos 71 anos; é também considerado o câncer da 3ª idade.
Esse tipo de câncer já é 2 vezes mais frequente do que o câncer de mama. A mortalidade por câncer de próstata é relativamente baixa, o que em parte reflete seu bom prognóstico.
Como sei que estou com Câncer de Próstata?
O câncer de próstata pode ser detectado precocemente, as consultas no urologista são indicadas à partir dos 40 anos, princialmente para quem tem histórico familiar de patologias prostáticas. Devem ser feita anualmente, afim de detectar precocemente qualquer problema de próstata para tratá-lo antes que o pior aconteça. O exame clínico é o toque retal que possibilita o médico responsável a suspeitar do aumento da próstata. O exame laboratorial realizado para detecção deste tipo de câncer é o PSA (prostate-specific antigen), que pode mostrar-se elevado ou não, identificando se há um tumor na próstata. Caso haja, o urologista fará uma biópsia para analisar as células do local, afim de diagnosticar se o tumor é maligno ou benigno (lembrando que “câncer” é a mesma coisa que “tumor maligno”). Inclusive, através do toque retal e do PSA diminuem a incidência de doença tardia com influência na taxa de mortalidade, podendo ser detectado numa fase inicial e com isto apresenta melhor prognóstico.
Sintomas do Câncer de Próstata:
- Dificuldade em iniciar e manter fluxo de urina;
- Urina frequentemente;
- Fluxo urinário fraco;
- Dor durante a micção;
- Incontinência urinária;
- Sangue na urina;
- Dor ao ejacular;
- Disfunção erétil;
Tratamentos para o Câncer de Próstata:
- Radioterapia;
- Quimioterapia;
- Terapia hormonal.
- Cirurgia (Prostectomia);
Como funcionam os tratamentos?
Quando o tumor é detectado, o tratamento é feito através de radioterapia, hormonioterapia e uma cirurgia chamada prostatectomia, que fará a retirada das células cancerígenas da próstata.
- Prostatectomia parcial: retirada de um pedaço da próstata.
- Prostatectomia radical: procedimento cirúrgico mais utilizado, onde retiram a glândula seminal, vias seminais e, ás vezes, os gânglios linfáticos inguinais. Se compararmos com outros procedimentos, possui vantagens como: menor tempo de operação, menos sangramento e rápido retorno do paciente às suas atividades diárias.
Existe algum risco durante o tratamento?
Mesmo com cura, alguns pacientes submetidos à luta contra este tipo de câncer acabam enfrentando efeitos adversos do tratamento que alteram a função do Assoalho Pélvico.
- Disfunção urinária: geralmente ocorre incontinência urinária, que em alguns casos cura de forma espontânea em um prazo de 6 meses, mas na maioria das vezes necessita de auxílio de um profissional. Há casos de pacientes que tiveram bexiga hiperativa durante a recuperação (patologia em que a bexiga funciona de maneira inadequada, gerando urgência para urinar).
- Disfunção sexual: acontece dificuldade ou incapacidade de ereção logo após a cirurgia e em alguns casos permanece sem recuperação (dependendo do tipo de cirurgia realizado).
- Disfunção intestinal: diminuição da motilidade intestinal (dificuldade do intestino movimentar-se de forma a levar as fezes para fora do corpo) urgência para evacuar e difculdade de controlar a continência e expulsão das fezes.
- Fístula retrouretral: pequena abertura no canal da micção.
- Sangramento local
- Retocele: saída do reto para fora do corpo.
Por que devo fazer fisioterapia?
A fisioterapia pélvica é indicada antes do tratamento do câncer de próstata para preparar o paciente e seu Assoalho Pélvico para a cirurgia, e após o tratamento operatório para diminuir todas as consequências e disfunções pélvicas citadas acima. O fisioterapeuta também é responsável por realizar drenagem linfática local caso o paciente tenha adquirido linfedema e por melhorar a função corporal em geral após a cirurgia, sempre visando a melhora da amplitude de movimento das articulações e aumento de força dos grupos musculares envolvidos no procedimento.
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